quarta-feira, 26 de agosto de 2009

que criatividade!

Oficina realizada na escola Aluísio Azevedo, pelas professoras Valdinéia e Tânia
Tema : Intertextualidade – Paródia e Pastiche
Conteúdo : interdisciplinar, envolvendo História, Filosofia e Língua Portuguesa.
Série : 9° ano
N° de aulas: 04
Descrição da atividade:
As professoras, que participam das oficinas do Gestar, perceberam que poderiam aplicar com sucesso as atividades sugeridas nas TPs. Foi o que AA professoras Tânia e Valdinéia constataram na prática, quando decidiram que poderiam tornar interessantes os conteúdos bimestrais das turmas de 9° ano. Planejaram , junto com os professores de História e Filosofia aulas multidisciplinares e o resultado foi empolgante. Utilizando a Intertextualidade, através de paródias e pastiches, retrataram a vida na transição da Idade Média para o Idade Moderna, com o advento do Iluminismo, cujas idéias de um certo filósofo, Maquiavel foram discutidas de forma bem-humorada pela turma.

olha essa!

Oficina realizada na Escola Tancredo de Almeida Neves, pela professora Vanilda.

Tema : Intertextualidade - Paródia
Conteúdo : Humanismo e Trovadorismo Português
Série: 1º ano do ensino Médio
N° de aulas: 05
Descrição da atividade:
Como a professora além de ministrar aulas no Ensino Fundamental, também atua em algumas séries do Ensino Médio, aproveitou as oficinas do GESTAR para tornar atraente as aulas para os “maiorzinhos”. Como os alunos apresentavam desinteresse para com o tema Humanismo e Trovadorismo Português, ela muito sabiamente, utilizou o conteúdo Intertextualidade, contido na TP1 do Gestar para trabalhar o conteúdo bimestral com os alunos. Ao invés de ler-interpretar-apresentar relatórios sobre o tema, a professora apresentou o gênero paródia aos alunos e depois de reconhecer as características de tal tipo de texto, solicitou que os alunos apresentassem em forma de paródia o seu trabalho. O resultado foi além do esperado, despertando muito interesse pelas aulas e transformado em evento, onde forma chamados outros professores e alunos para apresentação, envolvendo a escola.

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DOS CURSISTAS

Desde a implantação do GESTAR no nosso município, foram muitas as atividades desenvolvidas pelos professores cursistas em suas salas de aula, junto a seus alunos. Alguns seguiam ao pé da letra as recomendações sugeridas pelos Avançando na prática, outros faziam adaptações, alguns ainda criavam em cima dos conteúdos sugeridos .
Como foram tantas - e todas com suas características - é difícil valorá-las em mais ou menos significativas. E como é inviável relatarmos todas, selecionarei, então, dentre elas, algumas para socializar nos encontros.

Oficina realizada na escola José Veríssimo, pela professora Maria Amélia.

Conteúdos: Tipo Textual - Gêneros Textuais
Série: 7° ano
Habilidades: reconhecer características de Gêneros textuais diversos e transposição de Gêneros.
N° de aulas: 04
Descrição da atividade: A professora iniciou a aulas apresentando alguns gêneros para os alunos, a saber: classificados, poemas, e receitas culinárias. Após trabalhar com esses gêneros demonstrando as suas características, a professora solicitou aos alunos a transposição e produção de textos à escolha. Para surpresa, todos escolheram transformar receitas em poemas! Como foram produzidos muitos textos de qualidade, decidiu-se confeccionar um livro para apresentar na feira do conhecimento, que acontece na escola no mês de setembro.

PLANEJAMENTO DAS OFICINAS REALIZADAS COM OS CURSISTAS

Em reuniões com os professores cursistas, estes decidiram em consenso que as oficinas deveriam ser mensais, devido à grande quantidade de atribuições com que estão sobrecarregados, a saber: projetos como PROFIPES, PDE, MÍDIAS NA EDUCAÇÃO, CURSO SOBRE AFRICANIDADE, FEIRA DO CONHECIMENTO, entre muitos outros.
Foi escolhido para a realização das oficinas o último sábado de cada mês. Para compensar o lapso de tempo entre uma oficina e outra, são realizados quinzenalmente encontros com professores cursistas em cada escola. Nesses encontros os formadores orientam as tarefas individuais e tiram as dúvidas dos cursistas, discutem-se formas de aplicar as atividades sugeridas pelo GESTAR, relativas às TPs em estudo.
Também é disponibilizada ao professor cursista atendimento individual, realizado nas dependências da REN - Representação de Ensino. Nesse atendimento, também são dadas orientações para o planejamento e até ajuda na confecção do material pra aplicação das atividades que o professor pretende desenvolver junto aos alunos.
Ainda é um pouco cedo para resultados conclusivos do GESTAR na nossa esfera, porém é possível prevermos uma maior eficiência, pelo que já conseguimos realizar.
Para o ano de 2007 estamos confiantes que poderemos ter mais tempo para realizarmos as oficinas, que serão então, quinzenais. Também há a probabilidade de as aulas começarem na data certa (em 2009 começaram com mais de um mês de atraso), o que muito contribuirá para o bom sucesso do programa, já que o atraso no ano letivo compromete o andamento normal das aulas: O professor tem que “correr” com o conteúdo para poder acabar durante o período letivo. Com isso, sobra pouco tempo para o desenvolvimento de outro trabalho. E mesmo com o fato de sabermos que o planejamento das oficinas do GESTAR em sala pode ser incorporado ao plano de aula “oficial”, os professores ainda têm reservas, acreditam que é “outra” proposta. Todavia esse quadro apresenta tendências de mudanças, à medida em que forem acontecendo as oficinas e o aprofundamento dos estudos.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

pobre gatinho!

O lhe que texto engraçado! E pode ser apresentado e trabalhado em sala com os alunos, como gênero textual. Aliás, a que gênero pertence? O tipo é o injuntivo...É ? rs rs



Possibilidades para dar comprimido a um gato

01. Pegue o gato e coloque-o em seu braço esquerdo como se estivesse segurando um bebê. Posicione o dedo indicador e o polegar da mão esquerda em cada canto da boca do gato. Pressione levemente para que ele abra a boca. Tão logo isto aconteça, coloque o comprimido em sua boca. Permita que o gato feche a boca e engula a pílula.
02. Pegue a pílula do chão e o gato detrás do sofá. Encaixe-o no seu braço esquerdo e repita o processo.
03. Apanhe o gato no quarto e jogue fora o comprimido encharcado.
04. Pegue um novo comprimido, coloque o gato em seu braço esquerdo e segure as patas traseiras com a sua mão esquerda. Force-o a abrir a boca e empurre o comprimido até a garganta com o indicador. Feche a sua boca imediatamente e conte até 10 antes de soltá-lo.
05. Apanhe o comprimido de dentro do aquário e o gato de cima do guarda-roupa. Peça ajuda a um amigo.
06. Ajoelhe-se no chão com o gato preso firmemente entre os joelhos, segurando suas quatro patas. Ignore os grunhidos emitidos pelo gato. Peça ao amigo que segure com força a cabeça dele enquanto você abre a boca. Coloque uma espátula de madeira o mais fundo que puder. Deixe o comprimido escorregar pela espátula e esfregue a garganta vigorosamente.
07. Apanhe o gato que está grudado no trilho da cortina e pegue outro comprimido. Lembre-se de comprar uma nova espátula e remendar a cortina. Cuidadosamente enrole o gato numa toalha de modo que apenas sua cabeça fique de fora. Peça para o amigo mantê-lo assim. Dissolva o comprimido em um pouco de água, abra a boca do gato com o auxílio de um lápis e despeje o líquido em sua boca.
08. Veja na bula do remédio se ele é nocivo para seres humanos. Beba um pouco de água para se acalmar. Faça um curativo no braço do amigo e limpe o sangue do tapete com água morna e sabão.
09. Busque o gato no vizinho. Pegue um novo comprimido. Bote o gato dentro do armário da cozinha e feche a porta, mantendo a cabeça do gato para o lado de fora. Abra a boca com o auxílio de uma colher de sobremesa. Jogue o comprimido para dentro da boca com o auxílio de um estilingue.
10. Vá até a garagem e apanhe uma chave de fenda para colocar a porta do armário no lugar. Coloque uma compressa fria nos arranhões do seu rosto e cheque quando tomou pela última vez a vacina antitetânica. Jogue a camiseta fora e apanhe outra em seu quarto.
11. Chame o corpo de bombeiros para apanhar o gato do alto da árvore do outro lado da rua. Peça desculpas ao vizinho que se machucou tentando desviar-se do gato. Pegue o último comprimido do frasco.
12. Amarre as patas dianteiras nas traseiras com uma corda do varal e prenda o gato no pé da mesa de jantar. Coloque luvas de jardinagem. Abra a boca do gato com uma pequena chave inglesa. Coloque o comprimido seguido de um pedaço de filé mignon. Segure a cabeça dele na vertical e derrame meio copo d'água para ajudá-lo a engolir o comprimido.
13. Peça ao seu amigo para levá-lo ao pronto socorro mais próximo. Sente-se tranqüilamente enquanto o médico sutura seus dedos e braços e remove partes do comprimido que ficaram encravadas no seu olho direito. Pare na primeira loja de móveis no caminho de casa e encomende uma nova mesa de jantar.
14. Procure um veterinário que faça atendimento a domicílio.

essa oficina foi uma das melhores que tivemos!

Relatório da oficina 3

GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR - GESTAR

No dia 27 de junho de 2009, às 8:00 h , deu-se início a terceira oficina do programa GESTAR II, nas dependências do colégio Aluísio P. Ferreira cujo tema, tratado na TP3, versa sobre gêneros e tipos textuais .
Compareceram 23 professores da rede estadual de ensino. Os professores cursistas da rede municipal não compareceram por motivo de greve na repartição.
Os passos seguidos para a execução da oficina foram os seguintes:

1 – Mensagem de boas vindas (professores apaixonados)

2 – dinâmica (ler o texto até o fim)

3 – Relatos de experiência sobre as atividades sugeridas pelo programa GESTAR e aplicadas em sala pelos cursistas. Nesta oficina foi relatada a experiência da professora Valdinéia, que trabalhou o tópico Intertextualidade.

4 – introdução ao tema : gêneros textuais, com apresentação de slides ( trazidos da oficina realizada em Porto Velho, durante o curso de formação. Profª Aya).

5 –leitura e discussão sobre a a unidade 1 do TP3

6 – Dinâmica para formação de grupos (classes gramaticais):
foram distribuídas frases para os cursistas com palavras destacadas em negrito. A sugestão foi a de se agruparem de acordo com a função gramatical que a palavra destacada exercia na frase. Por exemplo: substantivos com valor de adjetivos; adjetivos uniformes; verbos defectivos; advérbios de tempo; locução adverbial.

7 –divisão do trabalho em grupos na seguinte proposta:

Grupo 1 - atividade 6 – pg 28 (competência sociocomunicativa)
Grupo 2 - atividade 7 – pg 31 (organização textual)
Grupo 3 - atividade 8 – pg 34 (classificando gêneros textuais)
Grupo 4 – atividade 9 – pg 37 (identificando gêneros textuais)
Grupo 5 – atividade 10 – pg 38 ( identificando gêneros textuais)

8 – tempo para elaboração dos trabalhos


INTERVALO

9 – apresentação de trabalhos : os grupos apresentaram os trabalhos de acordo com a ordem de sorteio; a metodologia de apresentação seguiu-se mais na forma de discussões e participação de todos os grupos. Ao grupo sorteado cabia conduzir e mediar as discussões.

10 – atividade : transposição textual ( texto : A casa ). A partir de um texto-base, criar novas modalidades de gênero, como classificados, poemas, anúncios, etc.

11 – orientações de atividades para o cursista trabalhar com seus alunos.

12 – solicitação de tarefas referentes à unidade 10 da tp 3.
Importante relatar que o tema tratado na unidade 1 da TP3 – tipos e gêneros textuais – despertou grande interesse entre os cursistas. Tipologia textual é um tópico já bem conhecido pelos profissionais da educação que trabalham com o ensino da língua, porém a modalidade gênero ainda suscita dúvidas e requer maiores conhecimentos para que possa ser trabalhada com propriedade e contribuir para desenvolver habilidades lingüísticas no educando. Tais dúvidas decorrem da característica mutável do gênero, que pode causar certa confusão quanto à sua classificação. Muito bem vinda, então, a abordagem trazida pelo programa Gestar, que aborda o tema de maneira a esclarecer e orientar o professor cursista no seu trabalho junto a seus alunos.
Durante a oficina, os professores cursitas expuseram suas dúvidas, levantaram discussões, sugeriram propostas de trabalho, realizaram atividades práticas, entre outras conversas relevantes acerca do tema.

...E o GESTAR vai bem, obrigada!

realizamos mais uma oficina. !
Relatório da oficina 2

No dia 23 de maio de 2009, às 7: 30 minutos, deu-se início a segunda oficina do programa GESTAR II, nas dependências do colégio Aluísio P. Ferreira, cujo tema em tela foi INTERTEXTUALIDADE.
Compareceram 27 professores das redes municipal e estadual de ensino.
Os passos seguidos para a execução da oficina foram os seguintes:

1- Mensagem de boas vindas (música Jesus salvador) 5min

2 Dinâmica para leitura de textos 15 min

3 Relato de experiência – avançando na prática .20min

4 Leitura do que é intertextualidade ( exemplos de intertextualidade
paráfrase, paródia,) data show e textos impressos. 30 min

5 Dinâmica para formação de grupos ( dança 2 3 5 9 12 9 6) 10 min

6 Distribuição de atividades (envelopes coloridos) 5 min
INTERVALO

7 Tempo para a resolução das atividades. 45 min

8 Apresentação das atividades. 1:00h

9 Planejamento da atividade da pg 101

10- sorteio para a apresentação da atividade da pg 101

11 - Dinâmica do ponto de vista

QUESTÕES PARA A OFICINA

1 – Ler, responder e apresentar o texto A Raposa e as Uvas. Pg 138


2 - Ler, responder e apresentar o texto O patinho realmente feio, pg 140


3 – Definir, apresentar e explicar o que é paráfrase, paródia, pastiche, epígrafe, referência, ref. bibliográfica, alusão. Pg 140 a 143. se tiver um exemplo, apresentar.


4 – planejar uma aula sobre o avançando na prática, da pagina 144 e aplicar para a turma.


5 – explicar e definir o que é PONTO DE VISTA . Responder as questões da página 147. apresentar.


6 – planejar uma aula sobre o avançando na prática da página 150 e aplicar para a turma. (relato de um texto conhecido, sob outro ponto de vista.)

Depois de concluídas as apresentações dos grupos, foram realizadas orientações sobre os trabalhos a serem aplicados em sala (avançando na prática) e acerca dos relatórios a serem entregues na próxima oficina.

sábado, 13 de junho de 2009

Primeira oficina de Língua Portuguesa


Uma das cursistas no momento de apresentação na primeira oficina do Gestar II em Rolim de Moura. O programa Gestar teve uma excelente aceitação neste município por parte da classe dos educadores, principalmente por que traz a formação continuada para as séries finais do ensino fundamental, estágio este em que raramente há programas de acompanhamento para os professores.
Devido ao fato de não serem entregues a tempo os kits completos para os professores, iniciamos coma TP1.
O preparo para oficinas aconteceu desde o treinamento em Porto Velho em abril de 2009 e se intensificaram nas duas semanas que antecederam a data marcada para a oficina no dia 25/04/2009. Foram feitas visitas nas escolas com convites pessoais para os professores de Língua Portuguesa e Matemática.
No dia marcado (25/04)– um sábado - realizou-se a primeira oficina nas dependências da escola Aluísio Pinheiro Ferreira, previamente preparada para esse fim.
Foram realizados questionamentos sobre o que os cursistas esperavam desse novo programa, suas dificuldades e expectativas.
Depois, houve uma apresentação do guia geral, das habilidades e competências trabalhadas pelo GESTAR, e por fim começamos a trabalhar a proposta da TP1, que contém textos que representam a realidade do aluno, fato muito apreciado pelos cursistas, que relataram que estavam desacreditados da abordagem de alguns livros didáticos, distante da realidade escolar.
A oficina teve duração de quatro horas e sequencialmente são feitos atendimentos individuais e/ou coletivos nas dependências da REN que complementam os tópicos abordados nas oficinas e orientam e auxiliam o professor na execução junto aos alunos. O planejamento da oficina seguiu o seguinte decurso:


Oficina 1 ---- GESTAR II

1 - Boas vindas e mensagem ( Emmanuel ) (10 min)

2 – Dinâmica da árvore com apresentação dos cursistas (40 min)

3 – Apresentação das habilidades e competências (30 min)

4 – Breve apresentação de norma, dialeto e registro (10 min)

5 – Leitura e interpretação do texto A Outra Senhora ( TP1, pg 169)

6 - INTERVALO

7 – Dinâmica para separação de grupos ( provérbios) (10 min)

8 – Leitura do texto CONTA DE NOVO ...(20 min)

9 – trabalho em grupo sobre os seguintes conteúdos :

a) – um grupo sorteado apresentará a leitura e interpretação do texto Retrato de Velho, pg 14

b) – Outros grupos planejarão aulas sobre o avançando na prática da pg 17 ou 23

10) - sorteio de um ou dois grupos para apresentação dos planejamentos (conforme o tempo)

11- exposição das atividades realizadas pelos cursistas

PRÁTICA

ESCOLHER UMA ATIVIDADE (AVANÇANDO NA PRÁTICA – unidade 3 - ) PARA TRABALHAR EM SALA. SERÁ SORTEADA UMA PESSOA PARA APRESENTAÇÃO NA PRÓXIMA OFICINA.

FAZER UM RELATÓRIO SOBRE A UNIDADE 3 DA TP1 PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA OFICINA.


Após a solicitação dos trabalhos e orientação sobre as atividades não presenciais foi encerrada a primeira oficina.




IVONE DE MORAES KERBER
formadora de Língua Portuguesa de Rolim de Moura

biografia do formador

Biografia do formador

- Em algum momento, lá pelos meados da década de 60, nascia em Guaraniaçu, no interior do estado do Paraná , Ivone Cezemer de Moraes, primeira filha de Ataliba Pereira de Moraes e Judite Cezemer de Moraes. Recebeu este nome por causa de sua avó paterna, e até hoje acha que o mesmo deveria possuir mais vogais aberta, tipo a, é,, enfim, ser um nome mais feminino. Todavia, sempre gostou de se chamar assim, pois essa homenagem foi um ato de amor de parte de seus pais à sua homônima, que é uma mulher muito culta e carismática.
- Aprendeu a ler aos três anos de idade, devido, provavelmente, ao contexto em que vivia: sua mãe era professora de uma escolinha multisseriada, no interior e os filhos vivenciaram esse ambiente.
- Quando a família mudou-se para a cidade, teve início sua vida escolar, a qual sempre priorizou, com dedicação e amor. (Adorava estudar!). A leitura sempre foi sua grande paixão. Devorava livros ou qualquer material de leitura que lhe caísse às mãos, hábito que mantém até hoje.
- Em 1979, seu pai, que era agricultor migrou para a região Norte, mais precisamente para o estado de Rondônia, em busca de terras para cultivo. Nessas terras longínquas Ela passou sua adolescência e vive até hoje, ajudando construir a história do Brasil em formação, que caracteriza essa região.
- Aos 15 anos conheceu aquele que viria a ser seu marido e pai dos seus filhos. Aos 16 anos, engravidou e casou-se , abandonando os estudos para se dedicar à família e à criação dos filhos- que foram três, tempo que durou 12 anos.
- Quando o mais novo dos filhos alcançou a idade escolar, Ivone decidiu que era hora de retomar os estudos e planos profissionais. Procurou o programa Supletivo. Como havia parado de estudar quando concluiu o 2º ano do magistério e não se identificou com o curso, optou por esse recurso. Dedicou-se com afinco e em apenas quatro meses concluiu o ensino Médio.
- Em 1995 prestou vestibular para o curso de Letras em uma universidade federal, passando em primeiro lugar, para surpresa de muitos que não acreditavam no programa.
- Assim que começou o curso de graduação, procurou trabalho como professora, e, como na região havia carência desse profissional, logo começou a trabalhar. Trabalhou por quatro anos como professora leiga.
- Um ano após sua formação ganhou um importante prêmio nacional por um projeto de incentivo à leitura realizado na zona rural. O projeto teve grande repercussão, recebendo doação de material de leitura de quase todos os estados do Brasil, resultando na implantação de uma biblioteca num bairro periférico da cidade de Rolim de Moura, onde mora.
- Atualmente trabalha na área de formação de professores, desenvolve e participa de projetos sociais ou ligados à preservação do meio ambiente. Espera que o bom senso prevaleça entre a espécie humana e que o homem possa se tornar uma criatura melhor e mais solidária com o seu próximo e com o planeta.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

memorial de leitura

MEMORIAL DE LEITURA


Não me é possível precisar quando se deu um primeiro contato com os livros, pois nasci entre eles: meu pai é leitor iverterado e minha mãe, professora.
Descobriram que eu sabia ler aos três anos de idade. Uma criança que sabia ler aos três anos despertou comoção na cidade. Até o prefeito foi constatar o fenômeno!
Na verdade nunca entendi como se deu meu aprendizado. Não lembro de te juntado as letras para formar palavras. Simplesmente as reconheci quando me deparei com elas. O caso é que nunca mais parei de ler. Ia muito além dos livros recomendados pelas professoras, freqüentadora assídua de bibliotecas que era. Mesmo quando morava longe delas, bem no interior, meu pai sempre dava um jeito de termos livros, geralmente comprados em sebos ou emprestados.
Uma das leituras que mais me marcou foi a de um livro de “gente grande” que meu pai trouxe e me proibiu de ler. É claro que quando meu pai saía eu o lia escondido, com o coração aos sobressaltos e os ouvidos atentos para os passos de meu pai. O livro era O DECAMERÃO, clássico medieval com o qual fui me deparar muitos anos depois, no curso de graduação. E eu tinha apenas nove anos quando o li! Gostei muito das histórias, lembro delas até hoje.
Apesar da minha precocidade e maturidade literária, nunca deixei de apreciar os livros infantis. Clássicos como SOPRINHO, de .. gosto de ler até hoje. Já os livros da coleção Vagalume, nunca fizeram meu gênero. Preferia os clássicos da literatura brasileira e universal : Senhora,
Ivanhoé, Helena, Capitães da Areia, Bangüê, entre tantos outros.
Quando ingressei no segundo grau (atual ensino médio) tive a sorte de ter como professor de literatura um ser excepcional, apaixonado por essa disciplina e que por isso mesmo contagiava todos os seus alunos. Suas leituras dramatizadas e interpretações teatrais dos clássicos da literatura, conquistavam-nos inevitavelmente. Mais de um aluno chorou ao ouvir sua interpretação de I- Juca - Pirama, o índio prisioneiro, de José de Alencar.
Já na faculdade, conheci o outro lado da leitura, que até então era, para mim um ato de pura fruição, sem maiores implicações: As teorias acerca da leitura. Foi interessante conhecer o que há por trás de um texto: intenções, ideologias, aspectos implícitos e explícitos, entre outros.
Mas nada supera o prazer de ler por ler, somente pelo aspecto lúdico; ler com a inocência de uma criança, que não se preocupa com teorias, que se surpreende, se encanta, se diverte com a leitura. Ler por simples prazer de ler. Apenas LER!